sábado, 7 de janeiro de 2017

Você é mais forte do que imagina.


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Então o anjo do Senhor veio, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas. Então o anjo do Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valoroso. Mas Gideão lhe respondeu: Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém agora o Senhor nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas. Então o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu? E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai.
E o Senhor lhe disse: Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás aos midianitas como se fossem um só homem.                                                      Juízes 6:11-16

 Hoje eu queria ir à um parque florestal, tomar um sorvete de manga e não pensar em nada. Queria a serenidade dos recém-nascidos, aquele sono inocente e despreocupado, como no salmo 131, com a alma sossegada. Quem nunca teve um dia assim? Um dia em que você simplesmente precisa abstrair, deixar as nuvens passarem lentamente enquanto você as observa sem propósito algum. Felizes eram os gregos ao praticar o ócio. Mais uma coisa que a modernidade nos roubou. A gente não sabe mais apreciar o silêncio, as paisagens, os momentos. Tudo agora é tão imediato, tão urgente e nos sufoca. Sim, a modernidade sufoca a alma com essa necessidade constante. Nem mesmo importa o que é necessário, apenas temos necessidades atrás de necessidades. Precisamos estar felizes 100% do tempo, é uma obrigação ser bem sucedido, nunca errar, falhar ou, e principalmente, nunca desmoronar. Nos exigem ser os melhores em tudo, nunca perder, nunca ficar nostálgicos, depressivos ou tristes. Já prevejo velórios dançantes e festivos como regra e não exceção. Já nascemos nesse mundo obrigados a acompanhar o ritmo. As mães disputam a velocidade das conquistas dos filhos: "meu filho andou com 10 meses! É um prodígio!", juro que me dá vontade de responder com um: "Meu filho já andava no útero! Vai! Supera essa! hahahah". Quando mesmo que isso tudo começou? Eu sei lá... um historiador me diria que foi com a Revolução Industrial, eu diria que foi quando o homem se deu conta de que era homem, quando viu que podia  raciocinar e planejar e que isso o diferenciava de um animal não humano. Essa competitividade e busca frenética por mais e mais é o que nos caracteriza desde sempre, a diferença é que os avanços foram encurtando o tempo entre as coisas. 
No meio de tanta coisa louca, de tanta correria, é normal a gente achar que não dá conta, que não somos capazes e que todos são melhores do que nós. Vemos super mães (me desculpem, mas eu não encarei mesmo essa de ser a super mãe fitness), vemos super pais, super avós, super empreendedores, super profissionais, super intelectuais... super qualquer coisa. Mas olhamos pra nós mesmos e nossas limitações gritam: "ei! nem tente!". Eu tenho certeza que isso também acontece com as pessoas que olhamos e classificamos como super alguma coisa. Pra quem olha de fora parece tão fácil... mas a verdade é que para ser super alguma coisa é preciso muita dedicação, sacrifícios, dores, abstinências e por aí vai. De fato qualquer um pode ser super alguma coisa. A diferença é que a maior parte de nós não precisa e não quer realmente ser super. Querem apenas ser felizes e conseguir sobreviver a pressão social para ser super.  Essa pressão sim, pode levar as pessoas ao desespero, a depressão, a auto destruição. Mais importante do que atingir as metas e expectativas que o mundo impõe é aprender a ser você mesmo e estar seguro de quem você é e quer ser. Sempre vai ter alguém para te rotular, pra fazer juízos sobre quem você é ou vai ser. Mas isso jamais vai mudar quem você é. A gente precisa dar menos importância para o que as pessoas esperam de nós, pensam de nós, acham que vamos ser ou fazer, ou melhor, não ser e não fazer, para nos preocuparmos com o que realmente importa: o que somos para nós mesmos e o que Deus pensa sobre nós. 
Vou te dar uma aplicação prática.
Antes de decidir ter um filho e me tornar mãe, eu me sentia a pessoa mais impotente do mundo. Não importava o quanto as pessoas criassem expectativas sobre mim ou até mesmo construíssem uma imagem a meu respeito, como sendo uma super alguma coisa. Por mais que me achassem muito inteligente, bonita, divertida, boa companhia e outros adjetivos que qualquer pessoa quer ouvir, eu pensava e me via totalmente como o inverso disso. Me olhava no espelho e nunca me achei bonita assim, talvez uma pessoa normal e só. Eu sabia que tirar notas altas nunca fez de mim uma pessoa inteligentíssima. Sabia da minha capacidade diplomática de lidar com as pessoas e por isso nunca achei q isso fosse uma virtude a ser valorizada. Eu não tinha vontade para nada, forças para nada. Eu queria ser uma super aluna, super filha, super amiga, super profissional, uma super missionária, mas nada me motivava a ponto disso. Eu realmente achava que não tinha forças para superar os obstáculos ou realmente fazer algo relevante. A minha vida toda foi esse marasmo, essa indecisão, essa falta de resiliência. Então eu decidi que estava na hora de mudar. Mas será que eu seria capaz? Foi quando eu decidi ser mãe. Engraçado que ninguém nasce mãe, mas realmente faz sentido quando dizem que ao gerar um bebê estamos gerando uma mãe em nós. Eu sempre vi minha mãe como uma heroína. Tudo que ela já viveu, tudo que sempre se sacrificou, tudo que ela sempre foi e é capaz de fazer... eu nunca me imaginei fazendo se quer um terço disso! Eu não sei mesmo como ela consegue. Mas então, mesmo com medo, mesmo insegura, sem a certeza de ser capaz, eu decidi tentar. Primeiro trimestre e eu me sentia doente e sem energia ou vontade de nada. Mas incrivelmente surgia em mim uma resistência, uma força, uma paciência... eu detesto sentir dor, passar mal, ficar doente. Mas aquele ser sendo gerado em mim, eu senti que tudo valia a pena. Para quem não sabe, são 9 meses sem poder usar quase nenhum remédio, onde você precisa enfrentar e suportar várias dores e mal estar na raça! Depois vieram as limitações. Você sabia que gestantes não podem ir em vários brinquedos de parque de diversões?? sério! De repente sua vida muda e não é mais algo do qual você possa simplesmente desistir e voltar a ter tudo como antes. Eu realmente nunca quis que tudo fosse como antes. Mas com certeza queremos que as dificuldades passem logo. Confesso que teve momentos em que eu achei que não fosse conseguir. Eu sempre tive a atitude de querer resolver e me livrar de qualquer problema, incomodo ou dor, na velocidade da luz. Mas, nessa construção como mãe, eu aprendi que não podemos simplesmente nos livrar de tudo... às vezes precisamos passar por momentos difíceis, por dores, por desconfortos, porque tudo isso contribui para o nosso crescimento, para alcançar nossos objetivos. Aprendi que eu posso ser muito mais forte do que eu penso ser. Que quando acho que estou no meu limite, pode ter certeza que eu ainda tenho força guardada em algum lugar para continuar. Se antes eu achava que morrer era só mais um evento, que eu não tinha motivos para me apegar a vida, hoje eu tenho intensa vontade de viver. A verdade é que ser mãe me deu um propósito que me liga a essa vida, que me faz querer ser melhor, ser super, ser tudo. Eu tive que mudar minha forma de pensar, de agir, aprender a medir corretamente a importância das coisas. Precisei amadurecer, crescer, ser resiliente, forte, firme e muito, muito, muito... mais paciente. Tudo isso me empoderou e me fez ver o mundo e as pessoas de forma diferente. 
O que eu posso te dizer hoje? Você também é muito mais forte do que imagina! Não deixe que as pressões sociais te façam sufocar e perder as esperanças. Não permita que as expectativas alheias determinem quem você é ou deve ser. Existe por ai um motivo, algo que vai despertar em você todo o seu potencial e força. Nunca é tarde para tentar, para recomeçar.
No texto que deixei no começo do post, está uma passagem sobre Gideão. Ele se achava o menor de todos, o menos capaz. Como ele você também pode estar em um daqueles momentos da vida onde tudo parece dar errado. Eu também já passei por isso e às vezes ainda passo. Você pensa que está só e que  Deus até mesmo te desamparou. Vem mil coisas na cabeça! Você se pergunta o que houve, o que você fez para estar nesse mar de problemas. As forças parecem insuficientes e a vontade de desistir pode ser irresistível. Mas uma coisa é certa: assim como Deus nunca desamparou Israel, e levou Gideão a vitória, mesmo que só com 300 homens, Ele nunca vai te desamparar. A fé é a única coisa que você não pode jamais perder. Você é sim muito mais forte do que pensa. Não pense que é o fim, ou que está esgotado a ponto de não poder mais caminhar. Deus é contigo. Não importam as críticas que as pessoas possam te fazer. Volta e meia eu vejo alguém criticando uma família por ter mais um filho quando já tem 2 ou 3, vejo as pessoas criticando quem foi mãe solteira ou adolescente, vejo criticarem famílias porque tem algum filho ou filha homossexual... ou porque tem dividas.. enfim, as pessoas sempre irão te criticar, sempre irão querer dizer pra você o que é preciso ou não fazer, preciso ou não ser. Mas a única opinião que você realmente precisa ouvir e respeitar, é a opinião de Deus. 
A opinião dele está em Jeremias 31:17 a : "E há esperança quanto ao teu futuro, diz o Senhor". 
Deus nunca perde a fé em você. Ele sabe do que você é capaz e sabe que você pode superar todas as dificuldades que lhe aparecem. Seja doença, seja depressão, sejam conflitos... Você pode. 
A vida é uma construção diária. Hoje pode estar sendo difícil, mas não será assim pra sempre. Continue construindo um momento melhor. Dê importância ao que realmente importa e toda vez que for preciso, pare, vá ao seu lugar favorito, se delicie com alguma gostosura que você ama, aprecie o silêncio e apenas veja as nuvens passarem. Depois volte, ore e recomece. As coisa podem estar mais perto de mudar do que você imagina. 

Bom sábado! 
Graça e paz!

Cíntia Barros.

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